O Power Point é o novo quadro de giz, e só. Quase nenhuma sala de aula com projetores e conexão à Internet libera acesso total para que o professor e os alunos abram quaisquer tipos de sites para explorar as diversas possibilidades de acesso e tratamento da informação - salvo raríssimas exceções que tenho descoberto recentemente. Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) viram repositórios de documentos, e só. Sites como Youtube e serviços como Facebook também não vão muito além, na compreensão escolar média, de entretenimento.
Por outro lado, também temos grupos que acreditam num poder tão oculto e metafísico das tecnologias que criam inclusive terminologias para um porvir que nem se aproxima do horizonte das possibilidades brasileiras (e, para este fim, nem mesmo da maioria dos países desenvolvidos): metaverso, ensino construtivo total (isso mesmo, sem nem mesmo currículo mínimo, com os assuntos se encadeando ao sabor do desejo), home schooling para qualquer nível educacional...
Em tosca comparação, o primeiro dos lados ignora a invenção do filme e ainda se encanta pela fotografia colorida (a mesma foto, retocada manualmente como nas antiquíssimas revistas). O outro, se for exposto a uma recriação da "Invasão dos Marcianos" bem feitinha, terá infartos em suas poltronas antes de descobrir a montagem.
Em Educação nada é tão rápido, mas não precisa ser tão devagar, também. O mais importante, superando muito o fator velocidade da mudança, é o fator direção: o segredo está no uso racional das potencialidades tecnológicas, respeitando o papel social que cada uma já representa - pois este papel reflete a ideologia social sobre elas e, sabemos, a forma de relacionamento que estabelecem com um conhecimento muito mais acessível, ainda que diluído. O segredo, gente, é MÉTODO!