domingo, 2 de janeiro de 2011

"Quem ensina aprende duas vezes."



"Qui discet docet." A frase é de Sêneca, filósofo dos primeiros anos da era cristã, e está traduzida como título deste post. A ideia foi retomada várias vezes, de várias formas, durante todos os tempos, até encontrar uma variação bastante popular pela voz de Guimarães Rosa: "Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende."
Pois então foram mais dois semestres com uma mais que querida turma de Comunicação Social no UniCuritiba. E, como gosto de tentar me igualar a meus mestres favoritos, não perdi qualquer chance de aprender com todos eles, e aqui vai minha devolutiva: o que eu aprendi de mais marcante com cada uma daquelas figuras mais que especiais.
  • Aline: com ela, aprendi que a postura sempre diferente da média traz resultados certos e duradouros, mas que é preciso muita determinação para assumi-la como postura pessoal com coerência.
  • Bianca: que a fórmula constituída por interesse + busca constante + não-desistência + reconhecimento expresso vão sempre trazer ótimas consequências e fazer todos a sua volta mais felizes por poderem conviver com ela.
  • Bonnye: que não desistir diante dos reveses é o combustível para a superação de si mesmo, a mais difícil das tarefas.
  • Bruna: que o entrosamento facilitado pela postura aberta nos faz cada vez mais admirados por mais pessoas sem termos que "vender" nenhuma de nossas convicções, que fazem de nós quem somos em essência.
  • Bruno: que a busca por resultados de excelência podem nos custar alguns momentos de angústia, mas que, ao mesmo tempo, nos faz mais abertos aos conselhos dos mais experientes - deixa rolar que você sabe o que faz. Ninguém nasce pronto.
  • Christianne: que, apesar de penoso, o caminho do autoconhecimento deve passar pelo capítulo da aceitação de que, por vezes, precisamos mudar muito do que somos para chegarmos àquilo que queremos ser; e que é possível se ter a coragem suficiente para fazer isso.
  • Claudia: que somos muito mais capazes e competentes do que nossos primeiros resultados possam querer - enganosamente! - nos fazer crer que somos, e que essa força e competência maiores sempre se mostram quando precisamos delas.
  • Fábio: que conjugar o desejo de vir a ser com as complexidades do que somos no dia a dia do trabalho intenso pode ofuscar - mas nunca abater, no seu caso - as verdadeiras possibilidades de mostrar o brilho próprio que temos.
  • Guilherme: que o primeiro passo para nos tornarmos o que desejamos nos tornar é descobrir aquilo que ainda nos falta e jamais cansar no caminho de consegui-lo. Fazer, refazer e fazer de novo: a vida se recria, reinventa sempre para melhor.
  • Juliana: que gosto e dedicação superam em muito quaisquer outras "vantagens inatas" que creiamos ter para virmos a ser qualquer coisa de importante para nós mesmos e para o mundo. Nada supera a verdadeira dedicação àquilo que se quer.
  • Leda: que competência e amplidão de visão não têm idade; têm, isso sim, muito tempo de autopreparo e autoconhecimento, além de vontade de entender que tudo está interligado, que as separações são artificiais. Difícil, mas presente em você.
  • Maria Angelina: que ser adolescente, amiga, estudante, comunicadora e mãe não se excluem; complicam-se, por vezes, mas não se eliminam uma à outra, deixando espaço para que floresça um ser humano mais completo e complexo.
  • Mariana: que o diálogo entre muitos conhecimentos e muitas artes só enriquece o potencial que temos para exercer cada um(a) "isoladamente", se é que isso é possível. Basta se estar aberto ao desafio.
  • Matheus: que transitar naturalmente entre muitos grupos com interesses diferentes, objetivos diferentes e formas de pensar diferentes é possível e enriquecedor, e sempre nos torna pessoas melhores.
  • Melany: que nem sempre um ombro amigo e acolhedor aos que mais precisam de nós necessita se mostrar dessa forma, como um pássaro não precisa ter escrito nas penas que sabe cantar. Colegas atestam isso sobre você.
  • Michael: que a busca incessante pela autossuperação tem um preço nem sempre fácil de enfrentar, mas que sempre vale a pena ser assumida. Saímos da guerra sempre com mais vitórias do que derrotas.
  • Otaviano: que os diferentes determinantes de uma vida complexa de aluno, trabalhador, colega e pai não impedem que consigamos realizar cada um desses papéis suficientemente bem. O que não podemos fazer é desistir de nenhum deles.
  • Raul: que há lições que só conseguimos aprender quando o caminho deixa de ser suave diante de nós. São lições necessárias e amargas, mas que só nos vencem quando deixamos que o façam. Força!
  • Renata: que força, determinação, talento e doçura conseguem, sim, encontrar um mix adequado sem que qualquer outra faceta de nós sofra ofuscamento. São, na verdade, a receita de quem vai dar certo no que quer que decida fazer de sua vida.
  • Sâmara: que o ato de "testar a água" após o mergulho mais fundo é a atitude mais arriscada e mais necessária ao sucesso. Não nos tornamos vencedores pisando sempre o raso, e essa vontade de vencer sempre faz desabrochar imensos talentos.
  • Thiago: que descobrir, dia após dia, mais e mais possibilidades e interesses pode, por vezes, nos confundir em relação ao que queremos mesmo desenvolver; mas fica a pergunta: por que não experimentar de tudo, não é? Muitos gostos nos fazem gourmets da existência.
  • Viviane: que a seriedade necessária a qualquer formação jamais se opõe à alegria possível de curtir a vida em plenitude. O importante é saber dar o momento certo a cada coisa: tudo tem sua hora e lugar, este é o princípio de saber viver.

Obrigado por todas essas e tantas outras lições, gente. Jamais quero perder a oportunidade de dizer que sou amigo de tanta gente importante. Que 2011 possa ser muito mais do que vocês sempre desejaram.

Abraços, sempre,
Prof. Marcus Vinicius (Marcão)